Cuidados com a pele durante o frio

Com a chegada do outono e posteriormente do inverno, a pele é o 1º órgão do nosso corpo a sofrer danos, devido às mudanças climáticas. O ressecamento difuso e intenso da pele (xerose cutânea) é o sinal clínico mais comum nessa época do ano, e a partir dele, podem surgir doenças cujo sintoma mais comum é o prurido (coceira), como por exemplo, prurido da pele seca, ou prurido asteatósico, que é mais comum nas pernas, mas pode afetar várias regiões do corpo. Se não tratado adequadamente, o prurido asteatósico pode evoluir com a formação de lesões inflamatórias avermelhadas e descamativas (eczemas) a partir de uma pele seca e com muito prurido, quadro clínico também conhecido como eczema asteatósico.
 
Outras doenças de pele também podem se agravar durante o frio, sendo elas: dermatite seborréica, psoríase, as ictioses (alteração genética que cursa com ressecamento difuso da pele), dermatite atópica, dermatite ou eczema numular, pitiríase rósea, e queda de cabelos, entre outras. 
 
Nas estações mais frias do ano, a prevenção é o melhor tratamento, portanto, o uso diário de componentes essenciais para a manutenção de uma pele íntegra, como os cremes e loções hidratantes, além dos cuidados com o banho (com água morna e de curta duração), associados com sabonetes neutros.
O uso de protetores solares deve ser contínuo, e durante o outono e o inverno, se ocorrer maior ressecamento da pele, estão disponíveis no mercado protetores solares que já possuem ativos hidratantes em sua formulação.

Quanto ao tratamento específico das doenças de pele citadas acima. É conveniente salientar sempre a importância da avaliação do médico dermatologista, que além de orientar de maneira criteriosa os cuidados gerais com a pele, irá prescrever medicações específicas e individualizadas para cada caso, que podem variar desde o uso de hidratantes e corticóides de uso tópico, até medicações antiinflamatórias e antialérgicas de uso oral, que possuem efeito sistêmico e são mais utilizadas nos casos mais graves, quando a pele é comprometida de forma mais extensa pela doença.

Dr. Juliano Cesar de Barros – Dermatologista

This entry was posted in Dicas de Dermatologia. Bookmark the permalink.

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado Campos obrigatórios são marcados *

*

Você pode usar estas tags e atributos de HTML: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <strike> <strong>