Caracteriza-se pelo aparecimento de manchas despigmentadas (esbranquiçadas) na pele, de forma e tamanhos variados. Atinge aproximadamente 1% da população e pode afetar qualquer parte do corpo, sendo bastante freqüente na face, mãos, pés e genitais.
Tem origem autoimune, ou seja, o próprio sistema que defende a pessoa de agentes infecciosos (imunidade) se volta contra os melanócitos, que são as células que produzem a cor (melanina) da pele, impedindo a produção do pigmento.
A pele, assim como outros órgãos e tecidos, produz os chamados “radicais livres”, compostos tóxicos (“impurezas”), que prejudicam o funcionamento de suas células. Estes radicais livres são combatidos por determinadas substâncias (enzimas) produzidas pelo próprio organismo, chamadas antioxidantes, que acabam atuando como protetores das células. A pessoa que desenvolve o vitiligo apresenta dificuldades no combate aos radicais livres nos melanócitos, por deficiência do seu sistema antioxidante, o que leva ao acúmulo destes compostos, prejudicando o funcionamento das células e a produção de melanina.
Fatores emocionais, estresse, não são causas de vitiligo, mas podem atuar como desencadeantes e favorecerem o surgimento das manchas.
É importante salientar que se trata de doença não contagiosa. Ninguém “pega” vitiligo ao entrar em contato com uma pessoa que apresenta o problema. Em 30% dos casos, indivíduos da mesma família podem apresentar vitiligo (predisposição genética).
Existem vários tratamentos e a escolha da terapia vai depender da localização, do tempo de duração, da idade do paciente e da extensão das manchas. Na maioria dos casos, o apoio psicológico profissional é de grande valia. Os principais tratamentos atualmente envolvem a associação de medicamentos tópicos, orais, com exposição a uma fonte de luz, como a Fototerapia com ultravioleta; a Helioterapia (luz solar), ou mais recentemente a utilização de laser (Excimer 308), sempre com o acompanhamento de um dermatologista. Quando o vitiligo já acometeu grande parte da pele, também é possível despigmentar o que resta de área pigmentada. Existem ainda os tratamentos cirúrgicos para vitiligo, como a microenxertia e a curetagem seqüencial, indicados nos casos resistentes aos tratamentos clínicos.
Mas, é importante ter cuidado com os tratamentos milagrosos prometidos por “aproveitadores”, que usam da fragilidade em que as pessoas com vitiligo muitas vezes se encontram, para obter lucros. Procurar um especialista é fundamental.
